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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

das Neblinas finas

Hoje estou disposto a explicar.
Fiquei pensativo (...)
Ah, não preciso que as pessoas fiquem lendo. São anotações para eu não esquecer. Pois bem...
Nos conhecemos no colegial. (Trágico, não? Siga.) Quinta série, mais preciso. (Um mero detalhe insignificante. Mas apesar, é necessário imaginar quantos anos eu tinha na época, já que alguns imaginam quantos anos tenho hoje. Não sou tão velho assim.)
Nos apaixonamos, meu primeiro amor... (trágico de novo, ao parecer.) Foi recíproco. (Ainda bem, não?) Começamos a namorar. Foi lindo. (até a parte de...) Foram nove meses de pura emoção.
Suspiros
Saudade daquele tempo... Mas aí (aí o quê?) aconteceu que os pais dela separaram-se, e ela teve que se mudar, e ainda trocávamos cartas (aquele tipo de carta maldita que você não sabe o que fazer com ela quando nada mais faz sentido). Uma amiga fazia as entregas. Trocamos umas dez cartas... (Isso é importante?). Até que perdemos o contato... (Isso é importante.) Não me lembro como... (três frases definidoras do grande irresponsável: eu não sabia, eu esqueci, "eu não me lembro") Ah, se o orkut existisse naquelas épocas. (eu seria um depressivo nerd)
Então, eu estava sozinho, aprendi à fumar (melhor coisa que eu já fiz, fora ter...), estava aprendendo a tocar guitarra, comprei discos de rock, mudei meu visual, e ficava cada vez mais louco (por causa dela?). Fiquei maluco. Não sei o que aconteceu (irresponsável de novo). Fiquei cada vez mais louco. Até hoje.
As drogas eram bem-vindas agora. Em um ano após sua ida eu fui internado numa casa de recuperação para menores (isso é digno de um troféu), e fiquei lá por durante 10 meses e meio (importante?).
Passou-se 05 anos. Montei uma banda grunge. Um dia fomos à casa do baterista curtir um churrrasco (um churrálcool) e passamos a noite lá. Quando de manhã estavamos indo embora, eu vi a irmã dela: fiquei tremendo (não queria que eu fosse me declarar pra irmã dela e esperasse que ela dissesse, "nossa, ela também te ama"). Perguntei para o baterista se ele a conhecia, ele disse "ela mora logo ali, 4 casas adiante", tremi, tremi (suficiente para ter um ataque cardíaco amoroso).
Eu a achei. Mas não tive coragem de chamá-la (muito digno). Ele disse que ela estava namorando com um carinha (sorte desse filho de uma...). "O carinha do fusca" (ele não tinha um apelido mais viril?). Uns dois meses depois resolvi que tinha mesmo de ir vê-la (demorei tempo demais), fui e quando cheguei a surpresa... Ela havia acabado de se mudar (A vida às vezes ri na nossa cara.) e tinha acabado de engravidar do carinha lá (A vida SEMPRE insiste em te dar um chute a mais).
...
Desiludi-me.
Rasguei todas as cartas que havia guardado por todos aqueles anos, e fiquei assim... Aéreo.
Passado mais uns seis anos, achei-a no orkut (agora sou o depressivo nerd). Ela está casada com um filho de 6 anos... ela é frustada, ela se casou muito nova (eu não citei sua idade, só para preservar o seu doce), o cara é uns doze anos mais velho que ela. E...no auge de toda aquela emoção do reencontro eu disse tudo, talvez tenha dito mais que o preciso (me declarei de uma vez, sabia que estava no fim da vida, era agora ou não era nunca). Alimentei nela esperanças de ficarmos juntos.
me sinto mal por isso...
Não quero ser a causa de uma destruição
Não tenho o direito de invadir espaço dela e muito menos do esposo dela que nem imagina a metade da história!
Ele conquistou ela
É direito dele ser feliz
e compreendi que não sou o melhor pra ela
Posso ficar sozinho para sempre, mas ela não pode ser minha.
Obrigado por ouvir.

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Alucinações