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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dias de chuva seguidos, e hoje, você me trouxe sol. O Sol já foi embora do fim até o começo da tarde, mas você ainda está aqui.
Você limpou o caminho para mim, tirou a areia toda por onde eu andava, por onde eu corria em alta velocidade com a bicicleta que você adorava pedalar. A chuva pode levar todo aquele resto de insegurança e perigo, e você planejou o meu sol, o sol da nossa cidade inteira, que não importa pra mim quem o veja, importa que você trouxe-me. Você queria que eu não escorregasse? É, eu quase morri ali. E, não morri... porque veio em minha imagem Você, só você, na hora da morte. Eu acredito, sinceramente, que isso pode significar alguma coisa! Eu iria morrer, e eu pensei em ti, eu tive a escolha de morrer ou não, mas pude me salvar, foi tão rápido e tenso, tempo menor de um segundo, era como se você se segurasse nas minhas costas, e me desviasse dizendo "eu ainda voltarei pra você", e imaginei-me sem você (fora da terra), que se eu fosse para outra dimensão nunca mais olharia seus olhos castanhos, talvez não próximos dos meus, de maneira como eu gostaria que estivesse, mas de qualquer forma, que fosse possível à vida.
Seu coração me trouxe luz e eu desviei da morte. Hoje é o seu dia, obrigado por salvar a minha vida.
Você me trouxe o sol, só falta trazer a terra, que seria você em carne e osso.
Eu subo pelas nuvens e o que sobra?
Um vazio completo de solidão
Eu no seu fundo, você na minha margem
Poderíamos ser híbridos
e ficar na "sua" medida certa.
Um dia você cresce, está aprendendo pouco a pouco a agir feito adulto, quase nada, mas um dia você alcança o topo. Um dia eu te alcanço, um dia eu me vingo.
Quebre, quebre, quebre tudo aquilo que te deixa triste
Hoje é seu dia, babe, babe, babe
Coma aquele cachorro-quente
Como quem come a tristeza mastigada
Defeque-a e a deixe sem dono
Porque hoje é o seu dia
Sinta o fim do sol da tarde como se eu estivesse te embrulhado
E abra-o no fim da noite,
onde será o começo
do seu paraíso

 Eu te compraria um buquê de flores pra combinar com o passado
Tudo o que você desejar, eu posso entregá-lo
Diga sim, diga agora
Pode ser tarde demais, mas eu estarei aqui, se você quiser alguém pra ser só seu. Eu ainda não pertenço à ninguém, também não estou no lixo, sou só uma peça fora de moda, ou uma roupa fora de estação. Mas ainda presto, ainda funciono, eu ainda seria útil.
O que você quer ganhar? Eu te daria as estrelas de presente. Eu daria tudo, menos eu mesma, que não seria nem a última coisa que você desejaria.
Um abraço
Ah, cuide-se, anjo meu
Porque à noite choverás
Eu, te. Amo

- Lindo... Tão longe estas dos galhos que te enlaço? Tão longe ficas de um mundo de distância retrógrada. Onde estás que não te vejo? Onde estás que não sinto tua alma?
- Bem aqui... Atrelado a cabos elétricos e a códigos binários, em Garras de queratina grudadas nas tais mãos...


Assim serei.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Função emotiva/expressiva

Sou teu gesto lindo
Sou teus pés, sou quem olha você dormindo

Menina, Vou te casar comigo...

Culpada pelo fim, eu só queria estar... Feliz.

Ele não pode ser feliz
    havendo no mundo tanto sofrimento
Ela não pode ser feliz
    não sendo ele feliz

Ela deseja ser feliz
Ele não se sente com direito a ser feliz

Ela quer vê-lo feliz Ele quer vê-la feliz

Ele se sente culpado se ele é feliz
e sente-se culpado se ela não é feliz

Ela quer os dois felizes Ele quer ela feliz

Logo nenhum deles é feliz

Ele a acusa de ser uma egoísta
    por tentar fazê-lo feliz
    a fim de que ela possa ser feliz

Ela o acusa de ser um egoísta
    por só pensar em si e mais ninguém

Ele acha que pensa emtodo mundo

Ela acha que antes de tudo pensa nele
porque é a ele que ela ama



Como poderia ela ser feliz
se o homem a quem ama é infeliz

Para ele é como se ela o chantageasse
quando o faz sentir-se assim culpado
de ser ela infeliz porque é ele infeliz

Para ela é como se ele procurasse destruir o seu amor
quando a acusa de ser egoísta
estando o mal, na verdade, em não poder
ser ela egoísta o bastante para ser feliz
se o homem a quem ama é infeliz

Ela sente que
algo de errado deve haver com ela
para amar alguém cruel a ponto de
destruir o amor que tem por ele
e sentir-se assim com culpa em demasia para ser feliz
e não ser feliz por culpa de sentir a culpa

Ele se sente infeliz por ser culpado
de ser feliz quando os outros não o são
e por ter cometido o erro de casar-se com alguém
que só pode pensar em ser feliz.

Uma lembrança do medo

"Você se lembra ainda de quando sentia no meu perfume o aroma da certeza que o amor era? Faz dias que não tocamos nossos lábios com desejos recíprocos. Você aspira separá-los, eu fundí-los. Gosto de pensar que ainda é como sempre foi. Nós dois sentados na grama, e você me contando sobre as coisas que fazia durante a semana, eram sempre tão chatas e desinteressantes, mas eu me apaixonava por cada movimento da sua boca, e, cada som que ela emitia, vinha suave aos ouvidos, uma melodia doce e tranquila. Segurava sua mão, e sabia que você podia me levar pra qualquer lugar, que eu estaria feliz. Seus olhos, quando entravam nos meus, entravam cheios de sinceridade, um universo de futuros bons e vidas felizes. Toda a segurança e todo conforto acumulados em sua iris e pupila. Quando brigávamos, era sempre um sim e outro não. A síntese sempre atingida, graças aos opostos, que se atraem, traindo a eles mesmo. Nossos beijos intensos, tensos, fugazes, sempre ao mesmo tempo, um desespero calmo, todo contraditório com uma felicidadezinha bem pequena, que parecia só satisfação, tocando o céu da boca. O seu comportamento duplo, ora homem, ora um menino muito mimado, fazia com que eu não te levasse a sério em nada, só pra ficar tranquila, ficar bem. Nas noites em que não dormíamos, todas elas, era como se provássemos o perigo e o amor, o desejo e a obsessão, o vício e o pecado e, quando sol chegava, você acendia um cigarro e me olhava cair no sono, acariciando meus cabelos com um carinho que não era desse mundo. Nos olhos você tinha confiança, na boca você tinha um desafio, e na voz, uma indecisão tão linda. Mas e agora, Diego? Aonde você está? O que nos tornamos? Só duas pessoas conhecidas que fingem que nunca dormiram juntas, pra não estragar a diplomacia? Por que o "Adoro os seus lábios" foi substituído por um "Bom dia/boa tarde/boa noite" tão seco, tão vazio? Agora que minhas noites são desacompanhadas, adormeço assistindo à televisão (que, mesmo em sua programação noturna, não me supera em melancolia), adormeço pensando em você, em como as coisas eram boas. Não some, não desliga de mim. Ainda tem tanto aqui dentro de mim. Eu preciso de mais uma noite sincera, de mais um beijo apaixonado, de mais um toque suave na minha pele, eu preciso de você."

Era o que eu diria pra você, se tivesse coragem.
Não me mate por isso

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Existo, não nego

Minha alma padece, meu coração pára, meus olhos fecham, meu corpo seca, meu cabelo cai, minhas unhas amarelam, meu espírito deixa o corpo e o que sobrarão no final, vagarosamente, serão ossos, que nem cachorros irão querê-los. A terra irá de negá-los, pois não pertecem a esse lugar. Viver é outra coisa.
Eu sou um boneco à estante, um pouco de pó, nem o vento frio. Samantha gostaria de pegar-me, mas deixou-me ao chão. Aquele chão da podridão, aquele ar pesado de comida estragada, a poeira por cima das coisas, os livros jogados. Ela não era mais ela, e eu não era mais nada pra ela. Não sofro muito por isso, pois afinal, sou um ser inanimado.
Ela chega todas às madrugadas, seus olhos vermelhos, ela acha que não percebo... Eu sinto por ela, eu sinto por mim. Ela agora é vulgar, mas não quer sexo, não quer beijos, não quer garotas, muito menos garotos.
Seu cabelo sempre bagunçado, mesmo que ela tentasse ajeitá-lo de qualquer maneira. Ninguém percebia, eu percebia, ela era linda, mesmo assim. Seu batom vermelho, forte, à altura da noite um pouco borrado, mas quase nada, pois ela não beijou ninguém. Talvez tenha borrado por culpa de alguma bebida que derramou-se pelo seu rosto, no grau da loucura, inesperado derramar, ao passar a mão pelo rosto. Sua maquiagem estava bem, pois nunca mais chorara, seu coração já não a mais pertencia, era fria, bebia café e fumava cigarros em seu quarto. Era a sua privacidade, sua mãe já a largara, nem tomava mais conta de si mesma. Seu pai, mandou-se faz tempo para longe, ninguém mais se importava. Herdou o sentimento de frieza de sua mãe, embora as duas se amem, dessa forma, bizarra, mas ardente. Eu não saberia controlá-la, eu me preocupo, mas não posso dizer à ela, pois, porém... olha o que sou. Não tenho voz, já sou passivo desde nascença.
Não posso confirmar se tudo isso irá mudar algum dia, pois para elas está bom assim. Samantha não corrige nada, tudo está certo, mesmo. Sem medo, ela não vive. Ela apenas existe. Suas drogas são unânimes, e já fazem parte da rotina, não signifca que trazem alegria ou animação. Não são amigos, nem colegas, são aqueles anéis entupidos no dedo que engordou-se e travou-se. Ela viverá quando puder, ou nunca viverá. Viva Samantha, pois esse é o Equilíbrio.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bata, mas de surpresa

“Se acalme já, logo ela baterá na porta, estará diante de ti como sempre esteve, dizendo mais uma vez o quanto não agüenta mais essa distância, e assim você dirá o quanto não agüenta mais essas esperas. Vocês dois ficariam parados e quietos até que você a chame para entrar, ela tirara o casaco, sentara naquela sua velha poltrona cheirando mofo, olhara para mesinha e perguntara: - o que você está lendo?”

É melhor se o tempo me fizer parar de tentar, só quero te trazer de volta

E se eu soubesse que essa casa ficaria sozinha toda vez que eu te colocasse pra dentro?
Há um som quando você mente pra mim
Me diga que você mudou completamente para o jogo, eu não sou aquela que você quer
É como se meu coração doesse com cada barulho que você faz, eu nasci para amar sozinha.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Epílogo

Em um pesadelo, eu estou caindo do teto na cama ao seu lado
Você está adormecida, eu estou gritando, sacudindo você para tentar te acordar
E como antes, você não tem interesse na vida que você vive quando está acordada
Seus sonhos ainda seguem enredos, como ficções que você faria

Então eu me deito de costas para você, até que nós dois voltamos para o hospital
Mas agora não é o setor dos pacientes com câncer, nós estamos dormindo no necrotério
Homens e mulheres de azul e branco, eles estão cantando em volta de você,
com pás pesadas cheias de areia
Você está sendo enterrada até seu pescoço
Naquela cama de hospital, sendo enterrada bem viva agora
Eu estou tentando te desenterrar mas tudo que você quer é que eu esteja enterrado lá com você

Você está gritando,
e amaldiçoando,
e nervosa,
e me machucando,
e então sorrindo,
e chorando,
se desculpando.

Eu acordei, eu estou em nossa cama, mas não há nenhum corpo respirando ao meu lado
Alguem deve ter retirado você enquanto eu estava completamente adormecido
Mas eu sei mais quando meus olhos se ajustam
Você esteve ausente por um bom tempo agora, e eu não trabalho lá no hospital
(Eles tiveram que me deixar ir)

Quando eu tento mover meus braços às vezes, eles pesam demais para serem levantados
Eu acho que você me enterrou acordado (meu único presente de despedida)
Mas você volta pra mim à noite,
bem quando eu acho que eu posso ter caído no sono
Seu rosto está bem na frente do meu
E eu estou aterrorizado demais para falar

Você está gritando,
e amaldiçoando,
e nervosa,
e me machucando,
e então sorrindo,
e chorando,
se desculpando...

Sinopse

Eu só queria escrevê-lo na minha pele
Eu te
Amo
como
nunca.                Dizer  poderá
Digo                   ♥        tempo
que                               Só o
seria                             fugir?
Eterno.                         poderá
Assim como eu desejo. Você

terça-feira, 14 de setembro de 2010

De branquidão hospitalar, queimando em febre, eu me apaixonei

Todos queriam me acordar. Eu não conseguia, não abria os olhos, nem com toda a força do mundo, eu estava em um coma cerebral. Mas por fora tão bem, dormente, mas eu fritava, o calor fritava os meus miolos. Até se eles queimassem, eu pensaria nessa loucura.
Meus olhos ficaram vermelhos ao redor, eu tinha levado um soco, é real. O vento bateu tão forte que feriu o meu rosto, assim como você chegou na minha vida e explodiu-a. E eu conseguia lembrar
Lembrava como álcool
Cheirava como o cigarro
Sentia como você
Assim foi dito, e eu não disse, eu poderia dizer-lhe? Eu morria, eu estava na curva da morte. Eu estava queimando, apague-me, apague-me de todas as formas! Não vê que estou partindo, e você deixa-me?
Você não pensa em nós, eu queimo, porquê eu estou me refrescando, enquanto você saboreia com a fumaça.

Eu me apaixonei, eu me apaixonei, eu me apaixonei por você
Eu morri, eu morri, eu morri por você
Agora eu caio, volto e me vingo.

Ainda chorarás por mim
Como o chão se abrisse e eu te empurrasse
Você ainda queimará
Assim como nós queimamos

Estou em carne-viva, me obtenha, me assalte
Beije o vento pra dizer que prefere-o à mim, ele não te incomodará
Eu posso dar-lhe amor, ele não, ele não
Eu posso fazer cócegas mais do que ele
Eu não deixarei você passar frio

Mate-me com seus dentes
que já se bateram contra os meus
Amarre-me em seus cabelos, me enforque com seus cachos
Me faça secar, virar poeira com o seu olhar
Porque é isso que eu quero, é isso que eu quero.

Eu queimo em febre por você, estou queimando, e assim eu espero um sinal. Não precisa me trazer água, eu só preciso do seu remédio. Não precisa me trazer flores, só venha ver-me pelo vidro. Não precisa ir no meu velório, só diga baixo que me ama, e assim será. O meu amor longíquo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Silenciosa

Passou, passou
Um dia eu me conformo
e paro de me culpar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar
Passou, passou
Um dia eu me acostumo
e paro de te importunar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar
Prometo que eu não demoro
quando eu estiver pronto, eu te aviso
Se bem que eu não me incomodo
pode ir agora que eu já não ligo
Só vê se não esqueceu nada
e vê se não volta mais
Enquanto eu não me recobro,
enquanto eu não estiver bem, em paz
A cama ficou espaçosa
nosso quarto ficou mais frio
A casa, silenciosa,
não me serve mais como abrigo
E foi consensual
nós nem sequer discutimos
Tudo tão civilizado
nem parecia comigo
Nossos amigos ainda questionam o que foi dessa vez
qual a gota d’água, como eu consegui
afastar você de mim
Deve haver em tudo isso alguma lição
algo a ser aprendido, uma compensação
para o quanto nós nos ferimos
Passou, passou
Um dia eu me conformo
e paro de te culpar
Passou, acabou
Sabe quando você sente que não vale mais a pena lutar?
Se não deu certo com a gente, acho que nunca vai dar

Jair Naves... 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Forgive

Você leu sobre amor, em um livro, em algum lugar
Depois você leu alto o que você encontrou lá
E você me teve por dias e me teve por meses
E espero que você tenha curtido seu tempo de diversão
Oh, me perdoe
Por correr por sua porta
Eu pensei que todas aquelas afeiçoadas palavras eram suas
Sou tratada friamante, beijos frios
E eu sou valorizada como um pedaço de lixo
Eu te chamo para dizer: Eu te amo
Você só me chama quando está bêbado
E continua me suspendendo por aí (?)
Como se eu fosse um sofá velho de uma loja de segunda mão
Oh, me perdoe
Por correr por sua porta
Eu pensei que todas aquelas afeiçoadas palavras eram suas
Eu prometi que não faria mais isso
Eu prometi que não faria mais isso

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sem muito

- Que merda!
- A gente só fala de mim... Porque não falamos mais de você?
- Eu sou como um disco riscado.
- Eu sou um disco do Michael Jackson e me jogaram no lixo quando ele não fez mais sucesso.
- Michael Jackson virou modinha desde que ele morreu, está ciente disso, certo? Mas, não há muito pra falar sobre mim. Não faço nada. Não me envolvo com ninguém. Não tenho novas histórias.
- É, eu estava me referindo antes da morte, quando não fazia mais sucesso. Mas minha metáfora faz sentido: vai que algum dia eu volte a ser a rainha das paradas, já que sou o cd do Michael Jackson. Mas agora fudeu tudo, porque eu vou ter que morrer pra gostarem de mim?
- Claro que não. Que proveito haveria nisso?