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sexta-feira, 1 de julho de 2011

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Ainda te vejo e sinto um rancor. Amor? Rancor. Amor e rancor. Sinto vazio, dor, agressão, mutilação transparente, coléra, solidão, tristeza, insegurança, amor, prazer, vazio. Um vazio vazio. Quando te vejo, meu coração grita: Sai, corre, morre! Te vê e penso: não posso te olhar, se eu olhar me suicido. Se eu olhar, bato o carro, se eu olhar, saio da pista. Ao te ver, sinto um medo! Medo de que olhe de volta e diga "Perdeu alguma coisa aqui"? ou diretamente diga apenas para não olhar... Mas você é tão lindo... Como posso não observar tamanha beldade? Seria um pecado de minha parte. Meu coração ainda é seu, mesmo você de cabelo curto, comprido, careca, sem pernas. Você não é meu, mas eu bem queria que fosse. Só que agora eu não sou mais apegada a uma pessoa. Sou apenas a esse teu coração que grudou na minha cabeça feito cera de depilação, ou feito chicletes na sola da sandália, como preferir. Quando o vejo, sinto exatidão: satisfação própria, prazer aos meus olhares. Ao te ver, sinto emoção! Vontade de sair correndo e pular emcima e te encher de socos que estou te devendo à meses. Mas alego: são socos carinhosos. Eu Prometo. Não machucaria alguém inofensivo que faz tão bem (e é claro que faz mais mal do que qualquer outra coisa) e que me glorifica a cada dia de nossos desencontros. Sei que o máximo que vamos trocar são algumas palavrinhas, não mais nenhum tipo de troca-troca. Meu lado sexual tinha que falar mais alto? É só pra não esquecer que ainda sou um ser humano, porque esse "texto" está muito "sentimental". "Correto" e "válido". Algum conceito de Weber pra isso. Eu não preciso de teorias, só preciso te ver todos os dias e sentir todas essas emoções estranhas que eu sinto. Eu ainda sofro por ti. De uma maneira suavizada. De uma maneira romantizada. De uma maneira... que só eu mesma sei. Isso é óbvio. Me tornei mais burra ao tornar-se mais racional. Racional no sentido de não-amor. Não-afeto. Burra... Eu devia é ficar mais inteligente, agora é certeza mesmo que não tenho chance de conseguir palavrinhas a mais com você. O que não vai me impedir de tentar, se eu não tiver ou der uma crise de medo, é claro. Eu ainda sofro. Ao te ver, eu sofro. É uma facada no peito, um tiro na cabeça, um enforcamento instantâneo ou uma queda fatal. É o preço que eu pago por ainda te amar.

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Alucinações