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terça-feira, 14 de setembro de 2010

De branquidão hospitalar, queimando em febre, eu me apaixonei

Todos queriam me acordar. Eu não conseguia, não abria os olhos, nem com toda a força do mundo, eu estava em um coma cerebral. Mas por fora tão bem, dormente, mas eu fritava, o calor fritava os meus miolos. Até se eles queimassem, eu pensaria nessa loucura.
Meus olhos ficaram vermelhos ao redor, eu tinha levado um soco, é real. O vento bateu tão forte que feriu o meu rosto, assim como você chegou na minha vida e explodiu-a. E eu conseguia lembrar
Lembrava como álcool
Cheirava como o cigarro
Sentia como você
Assim foi dito, e eu não disse, eu poderia dizer-lhe? Eu morria, eu estava na curva da morte. Eu estava queimando, apague-me, apague-me de todas as formas! Não vê que estou partindo, e você deixa-me?
Você não pensa em nós, eu queimo, porquê eu estou me refrescando, enquanto você saboreia com a fumaça.

Eu me apaixonei, eu me apaixonei, eu me apaixonei por você
Eu morri, eu morri, eu morri por você
Agora eu caio, volto e me vingo.

Ainda chorarás por mim
Como o chão se abrisse e eu te empurrasse
Você ainda queimará
Assim como nós queimamos

Estou em carne-viva, me obtenha, me assalte
Beije o vento pra dizer que prefere-o à mim, ele não te incomodará
Eu posso dar-lhe amor, ele não, ele não
Eu posso fazer cócegas mais do que ele
Eu não deixarei você passar frio

Mate-me com seus dentes
que já se bateram contra os meus
Amarre-me em seus cabelos, me enforque com seus cachos
Me faça secar, virar poeira com o seu olhar
Porque é isso que eu quero, é isso que eu quero.

Eu queimo em febre por você, estou queimando, e assim eu espero um sinal. Não precisa me trazer água, eu só preciso do seu remédio. Não precisa me trazer flores, só venha ver-me pelo vidro. Não precisa ir no meu velório, só diga baixo que me ama, e assim será. O meu amor longíquo.

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Alucinações